Olímpia se mobiliza contra a exploração da criança e do adolescente com campanha

Inicia-se em Olímpia uma campanha de mobilização para combater o silêncio e a indiferença da sociedade frente à violência contra crianças e adolescentes.
iniciativa é da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Olímpia, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS,) e com o apoio dos parceiros envolvidos com a causa (Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Delegacia de Defesa da Mulher, Policia Militar e Secretaria Municipal da Educação).
O CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, em sua nova sede, situada na área central do município, oferece dentre outros serviços, apoio psicossocial à crianças/adolescentes e famílias que são vítimas das situações de violência.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado pela Lei n.º.9970, de 17 de maio de 2000, em razão do crime que comoveu o Brasil, ocorrido na cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, em 1973. Naquele ano, a menina Araceli Cabrera Crespo, de oito anos, foi espancada, violentada e assassinada. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.

Desde então, nesta data órgãos governamentais e não governamentais ligados à proteção dos direitos das crianças e adolescentes lançam mão de campanhas de mobilização da sociedade contra os crimes de violência infanto-juvenil e acima de tudo que busquem motivar a sociedade a denunciá-los. Dentre as diversas manifestações de violência contra crianças e adolescentes, as mais incidentes são negligência e o abuso sexual intra e extra-familiar.

Além de crime e cruel violação dos direitos humanos, essas expressões resultam em danos irreparáveis para o desenvolvimento físico, psíquico, social e moral das crianças e dos adolescentes suscetíveis a esse tipo de violência. Entre outras conseqüências, as vítimas estão sujeitas à dependência de drogas, à gravidez precoce e indesejada, a distúrbios comportamentais e doenças sexualmente transmissíveis.

“Denunciar é preciso, mas muitas vezes nos calamos influenciados pela cultura de impunidade dos agressores, e nos esquecemos que assim estamos contribuindo com o ciclo de violação dos direitos das vítimas”, disse a secretária da Assistência Social Carmem Bordalho ao Blog nesta manhã.